sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Não Há Pressa (Música)

Tente reagir
Não se entregue, não,
Mesmo em pouco espaço
Há bastante chão

Tanto desespero
Não é a função
Tudo tem seu tempo
No tempo a razão

Pra que tanta avidez
O sol há de brilhar mostrar o caminho
Nem só de pedra e espinho
Que se constrói o amor

Não precisa insensatez
Vou achar as palavras sorrindo
Caminhando e caindo,
Somos livres não sentimos dor.

O Juízo (Música)

Deuses de todas as cores
Das matas, montanhas, das flores,
Se encontram em tantas contradições
A vida que vive na seiva
É a mesma que escorre os olhos
Lacrimais, percorre a face serena.

Pois tudo ficou pra traz
Nossos sonhos e ideais
Esquecemos o "SER" feliz
Em um mundo todo aprendiz

E assim,
Deixamos a marca da nossa estadia
Sem saber como foi que chegou 
No juízo da terra perdida
Onde a noite é fria

Tudo isso quem foi que plantou?

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Não me cala

Não adianta querer me trancar
Numa sala
E ainda modificar
Minhas falas

Pois o que vi
Foi a força dos que não tem voz, não tem vez.
Pois quando sorri foi de emoção
E percebi, que não dorme em berço esplêndido
A voz roca da avenida,
Que grita, grita e grita,
Vamos lá, pode ser melhor, será melhor,
Assim será.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cuidados

O relógio marcou o tempo
Fez dos dias caminhos para estradas desconhecidas
Abrasou o peito e tornou o ventre
A morada mais segura e misteriosa.

Brincou com as inseguranças,
Com incertezas e com as vontades,
Pediu para que o mundo mudasse,
Mudasse em tudo aquilo que fosse possível e impossível mudar

Pediu ainda que os ponteiros
Avexados com o compromisso de serem precisos
Pisassem maneiro
Que tivessem a maciez de uma nuvem
Que perdurasse a calmaria desejada
O cuidado desejado
A paciência desejada
O amor desejado.

Que desabroche em flor de sonhos
Que arpeje em meus acordes
As mais doces loas de boas vindas
E que essa orquestra silenciosa de emoções
Torne-se o enredo para os laços firmados

E doravante seja, Eu,
O guardião dos seus sonhos,
A ação que sobreveste o seu sorriso
E voz que acalanta o seu dormir...

Ao Teu lado!

Hoje perdi um pouco da minha voz
Perdi os sonhos guardados em tua mente
Não vi a Flor que, em teus olhos, foi semente
Nem semeei a cantiga da rezadeira
Mas cantei aos teus ouvidos de ribanceira
O precipício em teu sorriso desenhado
Pernoitando as costas do sonho alado
Galopado em versos de canção
Tua voz é meu sonho e minh'oração
Ensejando tua sombra ao meu lado.

Dê-me um Pedaço de Mundo


Trombetas soam
Me permitem um cheiro de chuva
Pingos doces, manhãs nubladas,
Sorriso amarelado de café.
A rotina diária me permite sonhar,
Voar nas asas do som
E alcançar o cume da chapada
Verdinha, molhada,
Envolta em neblina.

Torpes desejos de ser o que não posso,
O que não sei ser, o que não quero.
Dê-me um acalanto, um sorriso, um novo chão,
Pra que meus pés, assim, possam
Respirar terras novas, novos ares,
Outros mundos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Esperar...

Não me pergunte pelas flores
Por mais que as quisesse
Não saberia ser tão natural
Não saberia do tempo em que elas cantam

Choveria num olhar lacrimal
As póstumas certezas
Do olhar que não veio
Do sorriso que não veio
Do concreto que se ergueu no céu
E me deixou a esperar a ultima condução

O relógio fez o giro
E de tantos vaga-lumes elétricos que se moveram
Nenhum deles você estava
E nessa selva urbana de buritis e shopping center
Percebi que se aproximara o ultimo vagão
E caberia a mim decide embarcar nessa viagem.